Recuperação 2º bimestre

Olá, minha gente!
A avaliação de recuperação pedirá uma produção textual semelhante ao que se pede na proposta a seguir. Quem quiser fazer esta, pode me enviar, que eu dou um retorno sobre o texto produzido. Bons estudos!

Leia a crônica a seguir observe qual é o tipo de narrador.

O revólver do senador

          O Senador ainda estava na cama, lendo calmamente os jornais, e eram dez horas da manhã. Súbito ouve a voz do netinho de quatro anos de idade por detrás da folha aberta, bem junto de sua cabeça:
          – Vovô, eu vou te matar.
       Abaixou o jornal e viu, aterrorizado, que o menino empunhava com as duas mãos o revólver apanhado na gaveta da cabeceira.  Sempre tivera a arma ali ao seu alcance, para qualquer eventualidade, carregada e com uma bala na agulha. Nunca essa eventualidade se dera na longa sequência de riscos e tropeços que a política lhe proporcionara. No entanto, ali estava, agora, apanhado de surpresa, sob a mira de um revólver. O menino começou a rir de sua cara de espanto.
          – Eu vou te matar – repetiu, dedinho já no gatilho.
         O menor gesto precipitado e a arma dispararia.
         Pensou em estender o braço e ao menos afastar o cano de sua testa, que já começava a porejar suor. Mas temeu o susto da criança, o dedo se contraindo no gatilho... Tentou falar e de seus lábios saíram apenas sons roufenhos e mal articulados.
          – Não me mata não – gaguejou, afinal: – você é tão bonzinho...
         – Pum! Pum! – e o demônio do menino sempre a rir, só fez dar um passo para trás; que o colocou fora de seu alcance. Agora estava perdido.
       – Cuidado, tem bala... – deixou escapar, e a voz de novo lhe faltou. Toda uma vida que terminava ali, estupidamente nas mãos de uma criança – de que adiantara?  Tudo aflição de espírito e esforço vão. Se alguém entrasse no quarto de repente, a mãe, a avó do menino... Que é isso, menino! Você mata seu avô! Com o susto... Senti o pijama já empapado de suor. Era preciso fazer alguma coisa, terminar logo com aquela agonia. Estendeu mansamente o braço trêmulo:
            – Me dá isso aqui...
        – Mãos ao alto! – berrou o menino, ameaçador, dando passo para trás, e as mãos pequeninas se firmaram ainda mais no cabo da arma. O Senador não teve outra coisa a fazer senão obedecer.
         E assim se compôs o quadro grotesco: o velho com os braços erguidos, o guri a dominá-lo com o revólver. De repente, porém, o telefone tocou.
           – Atende aí ­– pediu o Senador, num sopro.
        Estava salvo: o menino tomou do fone, descobrindo brinquedo novo, e abaixou o revólver. O Senador aproveitou a trégua para apoderar-se da arma. Então pôs-se a tremer, descontrolado, enquanto retirava as balas com os dedos aflitos. O menino começou a chorar:
          – Me dá! Me dá!
          A mulher do senador vinha entrando:
         –O que foi que você fez com ele? Está com uma cara esquisita... Que aconteceu?
          – Acabo de nascer de novo – explicou simplesmente.
     (Cara ou coroa? – Fernando Sabino, pág. 21) 

          Esta mesma história poderia ser contada por outro personagem ( o senador, a esposa, o menino) ou algum objeto, que embora não seja uma pessoa, representa um papel importante na história como o revólver. Como cada um desses participantes da história contaria o que aconteceu?
         Escolha um personagem dessa crônica, para contar a mesma história sob o ponto de vista desse personagem. Por exemplo, se o jornal fosse o narrador, a história poderia começar assim: Aconteceu um fato interessante hoje. O Senador, como sempre faz todo dia, mais ao menos às 10 da manhã, estava fazendo sua leitura tranquila das minhas páginas. Começava sempre pelo caderno esportivo, mas logo passava para as notícias sobre a economia e a política do país. De repente, o seu netinho entrou no quarto e trazia com ele um revólver. Ele se aproximou e disse  ...

          Agora é a sua vez!  Faça uma revisão da ortografia, da pontuação e da acentuação das palavras. Dê um título ao seu texto. 
           Desejo que faça uma excelente avaliação!

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